Blogue da Biblioteca Escolar da Escola Básica Ferreira de Castro - Sintra

Aqui partilhamos tudo o que acontece na nossa Biblioteca.

Páginas

10 dezembro, 2014

Feira do Livro

Atividade constante do Plano Anual de Atividades, tem-se realizado ao longo dos anos e já faz parte da tradição da Biblioteca Escolar. Decorreu entre 2 e 9 de dezembro de 2014.


18 novembro, 2014

Manuel António Pina

A Biblioteca Escolar comemorou no dia 18 de novembro o 71º aniversário do nascimento do jornalista, escritor e poeta português, Prémio Camões 2011, Manuel António Pina.

20 outubro, 2014

Dia Internacional da BE

A comemoração deste dia tem contribuído para a valorização das bibliotecas no seu trabalho de articulação curricular entre as várias disciplinas, promoção da leitura, do estabelecimento de parcerias e da gestão do espaço.


28 agosto, 2014

Próximas Leituras

 

Mais um ano letivo se aproxima e com ele os membros do Cube de Leitura retomam os  seus encontros  mensais, às  sextas-feiras, a partir das 21h, na Biblioteca Ferreira de Castro.

Deixamos aqui as capas dos livros que decidimos ler, falta apenas decidir qual será o livro policial do autor José Viegas, que iremos juntar a esta lista.

02 junho, 2014

Terceiras Pessoas

"Terceiras Pessoas", de Helena Marques é a obra que será analisada na próxima sessão sessão do Clube de Leitura.

"Em 1998, Helena Marques publica Terceiras pessoas. A obra tem lugar na virada do milénio, no século XXI, e descreve o percurso da mulher segundo a sociedade de sua época. Tempo e espaço entrelaçam-se. 


Terceiras pessoas tem lugar em Porto dos Frades, um lugar fictício, na região do Ribatejo. Este local, em Portugal continental, é a recriação entre o real e a realidade. A natureza é o lugar de chegada, é a “geografia do coração”. Os caminhos indicam a “paixão da terra”, “o sentido de pertença”. São o lugar da memória, das marcas deixadas pelo tempo.


Neste lugar se relacionam três gerações em torno da personagem central, Natália, casada com João Bernardo. O casal, amantes e esposos, com o decorrer do tempo invertem seus movimentos. Ele segue o movimento centrípeto, contínuo e coerente. Ela perfaz o movimento centrífugo, numa busca constante de mudança. Nesta obra, Natália, símbolo da mulher portuguesa, encontra a sua identidade. Ela já não depende do homem, e realiza-se por si só. Natália, executiva eficiente e independente, voa entre a Europa e a América. Com este tipo de vida, as terceiras pessoas desempenham um papel fundamental. São os heróis anónimos do quotidiano:

…o mundo não é constituído só por nós, os que nos conhecemos desde sempre, os que nos encontramos todos os dias. O mundo é sobretudo constituído por elas, pelas terceiras pessoas, aquelas de quem nada sabemos ou de quem pouco sabemos e que, um dia, inesperadamente, saem do desconhecimento ou das sombras e vêm ao nosso encontro, subvertem os nossos conceitos e influenciam as nossas vidas ou são por elas influenciados.

Natália não poderia ter a vida de executiva sem as terceiras pessoas. Foi com elas que teceu a “teia familiar”. Mas as terceiras pessoas são, em verdade, primeiras. Elas dão “a certeza de continuidade da casa, das terras e da memória”. Para Natália, foi-lhe oferecida a Holanda como morada final de sua carreira – presidente da Companhia.. Aceitar o cargo mais elevado de sua carreira, implica em deixar as pessoas amadas para trás, como o fizera antes. Ir ou ficar, optar entre a vida profissional ou a pessoal é o dilema. Ambas são inconciliáveis no tempo e no espaço. Sempre há um preço a pagar.

Natália reflete: “…mas onde está a vitória? Que faço dela?, ou que fez ela de mim?”. Neste ponto se encontra a mulher na virada do milênio, entre duas opções, a casa ou a profissão. A mulher chegou onde queria. O caminho de sua plenitude é agora uma escolha individual."

Fonte: http://www.vidaslusofonas.pt/helena_marques.htm

25 de abril: 1974 /2014